sexta-feira, 27 de novembro de 2009

Dia do Técnico da Segurança do Trabalho (27/11)


O técnico de segurança do trabalho é um profissional de nível médio, sendo habilitado a identificar e avaliar as condições ambientais de trabalho na empresa, analisar procedimentos de rotina, fluxos e riscos de operação, máquinas e equipamentos, elaborar planos, estudos estatísticos de acidentes e doenças ocupacionais, fazer cumprir as normas e regulamentos, desenvolver programas prevencionistas, campanhas, cursos, treinamentos, assessorar a CIPA e coordenar todas as atividades ligadas à segurança do trabalho na empresa.
O dia do Técnico de Segurança do Trabalho é comemorando em 27 de novembro.
Este dia escolhido é para lembrar deste profissional e a intenção é homenagear a categoria que sempre se preocupou com o bem estar dos trabalhadores que prestam relevantes serviços à segurança e à saúde do trabalhador, prevenindo acidentes e melhorando as condições de saúde no trabalho. Hoje é o dia do Técnico de Segurança do Trabalho, "o anjo da guarda do trabalhador", tem um papel fundamental no piso de fábrica (empresas, indústrias), mas nem sempre é reconhecido pelo patrão, suas atribuições profissionais é essencial para o andamento de todo o processo de qualquer empresa e/ou instituição. Temos no Brasil uma quantidade grande de empresas omitindo acidentes do trabalho, esquecendo de valorizar o profissional de segurança, e o resultado é que o Brasil gasta com acidente do trabalho, o valor de dois e meio por cento do PIB.O técnico de segurança do trabalho é um profissional com formação pelo ensino secundário, regulado pela Lei nº 7.410, de 27 de novembro de 1985. Dentre suas atribuições, definidas pela Portaria nº 3.275/89, do Ministro do Trabalho, (Elaborar, participar da elaboração e implementar política de saúde e segurança no trabalho (SST); realizar auditorias, acompanhamento e avaliação na área; identificar variáveis de controle de doenças, acidentes, qualidade de vida e meio ambiente. Desenvolver ações educativas na área de Saúde e Segurança no Trabalho; participar de perícias e fiscalizações e integrar processos de negociação. Participar da adoção de tecnologias e processos de trabalho; gerenciar documentação de SST; investigar, analisar acidentes e recomendar medidas de prevenção e controle), destacam-se a informação do empregador e dos trabalhadores sobre os riscos presentes no ambiente de trabalho e a promoção de campanhas e outros eventos de divulgação das normas de segurança e saúde no trabalho, além do estudo dos dados estatísticos sobre acidentes e doenças relacionadas ao trabalho.

Meningite, Cuide- se!!!



Meningite é uma doença que consiste na inflamação das meninges – membranas que envolvem o encéfalo e a medula espinhal. Ela pode ser causada, principalmente, por vírus ou bactérias. O quadro das meningites virais é mais leve e seus sintomas se assemelham aos da gripe e resfriados. Entretanto, a bacteriana – causada principalmente pelos meningococos, pneumococos ou hemófilos – é altamente contagiosa e geralmente grave, sendo a doença meningocócica a mais séria. Ela, causada pela Neisseria meningitidis, pode causar inflamação nas meninges e, também, infecção generalizada (meningococcemia). O ser humano é o único hospedeiro natural desta bactéria cujas sequelas podem ser variadas: desde dificuldades no aprendizado até paralisia cerebral, passando por problemas como surdez.

A transmissão se dá pelo contato da saliva ou gotículas de saliva da pessoa doente com os órgãos respiratórios de um indivíduo saudável, levando a bactéria para o sistema circulatório aproximadamente cinco dias após o contágio. Como crianças de até 6 anos de idade ainda não têm seus sistemas imunológicos completamente consolidados, são elas as mais vulneráveis. Idosos e imunodeprimidos também fazem parte do grupo de maior suscetibilidade.

A doença chega a matar em cerca de 10% dos casos e atinge 50% quando a infecção atinge a corrente sanguínea e é este um dos motivos da importância do tratamento médico. Febre alta, fortes dores de cabeça, vômitos, rigidez no pescoço, moleza, irritação, fraqueza e manchas vermelhas na pele - são de início semelhantes a picadas de mosquitos, mas rapidamente aumentam de número e de tamanho, sendo indício de que há uma grande quantidade de bactérias circulando pelo sangue - são alguns dos seus sintomas.

A doença meningocócica tem início repentino e evolução rápida, pode levar ao óbito em menos de 24 a 48 horas. Para a confirmação diagnóstica das meningites, retira-se um líquido da espinha, denominado líquido cefalorraquidiano, para identificar se há ou não algum patógeno e, se sim, identificá-lo. Em caso de meningite viral, o tratamento é o mesmo feito para as viroses em geral; caso seja meningite bacteriana, o uso de antibióticos específicos para a espécie, administrados via endovenosa, será imprescindível.

Geralmente a incidência da doença é maior em países em desenvolvimento, especialmente em áreas com grandes aglomerados populacionais. Tal constatação pode ser justificada pela precariedade dos serviços de saúde e condições de higiene e pela facilidade maior de propagação em locais fechados ou aglomerados. Por este último motivo é que, geralmente, a doença é mais manifestada no inverno – quando tendemos a buscar refúgios em locais mais fechados para fugirmos do frio.

Para a meningite, as vacinas mais utilizadas são a bivalente, a tetravalente e a monovalente, em menores de 2 anos. Entretanto, não existe ainda vacina para alguns sorotipos da doença.

Evitar o uso de talheres e copos utilizados por outras pessoas ou mal lavados e ambientes abafados são formas de se diminuir as chances de adquirir a doença. Manter o sistema imunológico fortalecido e seguir corretamente as orientações médicas, caso tenha tido contato com alguém acometido pela doença são, também, medidas importantes.

E lembre-se: Nunca use remédios sem prescrição médica.

Por Mariana Araguaia
Equipe Brasil Escola

sábado, 7 de novembro de 2009

MASSAGEM CARDIACA .



Dentro de dois meses, o mundo inteiro vai receber uma recomendação nova para a hora de prestar os primeiros socorros.

A todo momento, o som da emergência. Se o caso é uma parada cardíaca esqueça a respiração boca a boca. A nova orientação médica é fazer a massagem toráxica.

Pesquisas americanas recentes mostram que a massagem aumenta em três as chances de vida. “Ela é a única que pressiona o fluxo sanguíneo. Se você interromper para fazer a respiração boca a boca, você vai interromper o fluxo sanguíneo. E se você interrompe o fluxo sanguíneo, você não está dando sangue para o cérebro e a possibilidade de a pessoa falecer é muito maior”, explicou o cardiologista Sérgio Timmerman.

A compressão no tórax deve ser feita sem interrupções até a pessoa voltar a dar sinais de vida. Cada minuto da parada cardíaca reduz em 10% a chance de sobrevida. A partir do quarto minuto, o comprometimento cerebral pode ser de 50%.

Priorizar a massagem cardíaca numa situação de emergência, vai ser uma orientação mundial a partir do ano que vem. Luiz só sobreviveu porque recebeu na massagem na sala de espera do hospital.

“Eu sei q eu voltei à consciência no meio do corredor do pronto-socorro com uma enfermeira em cima da maca me fazendo massagem cardíaca. Ela parou e eu perguntei o que estava acontecendo”, contou o empresário, Luiz Eduardo Moraes.

Quase 20 anos de salvamento nas ruas mostraram para Aguinaldo o poder de uma massagem cardíaca.

“É eficaz. A evidência mostra que aumenta a chance e é indescritível tanto pra equipe como pra nós, que atendemos no local, na sala de uma pessoa que parou o coração, você voltar lá e ver aquela pessoa sentada no sofá e conversando com você”, disse o coordenador de resgate Agnaldo Pispico.

Reportagem J1 excluisiva no dia 04/11/09

ÔNIBUS DESTROÇA PERNA DE ENGRAXATE.


Engraxate recebeu os primeiros socorros ainda sob a roda do coletivo

Um duplo atropelamento congestionou, na tarde de ontem, o trânsito no Centro de Duque de Caxias (RJ). Um ônibus da Viação União, placa LQR1152 e n° de ordem DC1.134, que fazia a linha Duque de Caxias/Ilha (3° Distrito do município) atropelou duas pessoas nas esquinas das avenidas Presidente Vargas e Duque de Caxias, próximo à estação ferroviária. Uma das vítimas, um senhor que não conseguiu ser identificado na hora, sofreu pancada na cabeça e perdeu a memória, mas não apresentava ferimentos externos. A outra, um homem de cor negra aparentando 35 anos - que seria um engraxate conhecido do comércio local, teve a perna esquerda estraçalhada e ficou sob a roda dianteira do veículo por mais de 40 minutos até a chegada dos Bombeiros, mas foi resgatada com vida. Ambos foram encaminhados ao hospital mais próximo pelas ambulâncias do resgate. O motorista do coletivo, que fazia sua primeira viagem do dia, ficou em estado de choque com o acidente. Após a chegada dos bombeiros, o trabalho de resgate foi bastante atrapalhado por curiosos que se aglomeraram no local, com celulares e câmeras digitais, inclusive, já que o local do acidente não foi devidamente isolado.

Comissão discute uso de recursos do pré-sal na educação



Cerca de dez convidados devem apresentar, a partir de agora na Comissão de Direitos Humanos e Legislação Participativa (CDH), suas sugestões sobre o melhor modelo de aproveitamento dos recursos advindos do pré-sal para a área de educação. O senador Cristovam Buarque (PDT-DF) abriu os trabalhos realçando a necessidade de a sociedade se manifestar sobre os formatos mais adequados para aproveitamento máximo dos recursos do pré-sal para a área social, principalmente para a educação.

Senadores e convidados devem discutir proposta da Federação Única dos Petroleiros que defende o monopólio estatal na exploração do pré-sal. Os petroleiros sugerem ainda, entre outras medidas, que os recursos do Fundo Social, a ser criado com verbas geradas pela exploração das novas jazidas, sejam destinados integralmente à saúde, previdência social, educação pública, habitação popular a apoio à agricultura familiar.

O pedido para a reunião foi feito pelo senador Paulo Paim (PT-RS).

Fonte: Agência Senado.

sexta-feira, 23 de outubro de 2009

CBMGO alerta para o risco de manipular inflamáveis em ambientes confinados.



Goiás - O Corpo de Bombeiros Militar do Estado de Goiás (CBMGO) alerta a população sobre os riscos de manipular produtos inflamáveis em ambientes confinados. Na manhã do dia 22 de outubro, a Corporação foi acionada para socorrer uma vítima de queimadura provocada por uma explosão no subsolo da Federação do Comércio.

De acordo com testemunhas, a vítima, um homem ainda não identificado, trabalhava com tinner quando a explosão ocorreu devido ao acionamento do interruptor de energia. Nestes casos, uma simples faísca pode causar uma tragédia. Em setembro, uma explosão de spray aromatizante dentro de um carro matou quatro pessoas em Goiânia. O contato do produto com uma bateria de caminhão teria provocado o acidente. A vítima do acidente na Federação do Comércio foi levada pelos Bombeiros ao Hospital de Queimaduras.

Em ocorrências envolvendo explosões, além da queimadura, existe a possibilidade de laceração e perda de tecidos associados à lesão. É bastante comum também a amputação dos dedos e até da mão, e a lesão das estruturas ósseas, ligamentares e do aparelho flexor e extensor dos dedos, associado à hemorragia causada pelo trauma.

Para o socorro de vítimas de explosões é importante proteger a área queimada com um pano limpo. Caso haja lesão da mão ou dos dedos, elevar o braço para diminuir a hemorragia e encaminhar o paciente para um serviço de urgência o mais rápido possível.

Outro risco de explosão está associado ao mau uso dos botijões de gás residenciais. Para evitar incêndios e explosões, moradores devem atentar para alguns cuidados que vão garantir a sua segurança. Além dos cuidados na instalação, é necessário trabalhar com a prevenção. O botijão deve ficar longe de tomadas, interruptores, instalações elétricas e ralos, para onde o gás pode escoar e causar explosões. O botijão deve ficar em local ventilado e nunca dentro de armários. A mesma dica vale para todos os inflamáveis, inclusive álcool. Em caso de dúvidas, o Corpo de Bombeiros Militar de Goiás está à disposição do população pelo telefone de emergência 193.




Fonte: Assessoria de comunicação social do CBMGO - 22/10/2009

quinta-feira, 22 de outubro de 2009

Pegada Ecológica? O que é isso?



Você já parou para pensar que a forma como vivemos deixa marcas no meio ambiente? É isso mesmo, nossa caminhada pela Terra deixa “rastros”, “pegadas”, que podem ser maiores ou menores, dependendo de como caminhamos. De certa forma, essas pegadas dizem muito sobre quem somos!

A partir das pegadas deixadas por animais na mata podemos conseguir muitas informações sobre eles: peso, tamanho, força, hábitos e inúmeros outros dados sobre seu modo de vida.

Com os seres humanos, acontece algo semelhante. Ao andarmos na praia, por exemplo, podemos criar diferentes tipos de rastros, conforme a maneira como caminhamos, o peso que temos, ou a força com que pisamos na areia.

Se não prestamos atenção no caminho, ou aceleramos demais o passo, nossas pegadas se tornam bem mais pesadas e visíveis. Porém, quando andamos num ritmo tranqüilo e estamos mais atentos ao ato de caminhar, nossas pegadas são suaves.

Assim é também a “Pegada Ecológica”. Quanto mais se acelera nossa exploração do meio ambiente, maior se torna a marca que deixamos na Terra.

O uso excessivo de recursos naturais, o consumismo exagerado, a degradação ambiental e a grande quantidade de resíduos gerados são rastros deixados por uma humanidade que ainda se vê fora e distante da Natureza.

A Pegada Ecológica não é uma medida exata e sim uma estimativa. Ela nos mostra até que ponto a nossa forma de viver está de acordo com a capacidade do planeta de oferecer, renovar seus recursos naturais e absorver os resíduos que geramos por muitos e muitos anos.

Isto considerando que dividimos o espaço com outros seres vivos e que precisamos cuidar da nossa e das próximas gerações. Afinal de contas, nosso planeta é só um!

segunda-feira, 5 de outubro de 2009

Assédio moral é ilegal e pode levar à depressão.



Um assunto está atormentando cada vez mais trabalhadores brasileiros: o assédio moral. São funcionários vítimas de perseguição e constrangimentos dentro do próprio trabalho. Essa é uma pressão brutal com consequências devastadoras.

Uma das consequências é a depressão. O assédio moral é doloroso e ilegal. O Ministério do Trabalho, responsável pela fiscalização, diz que o número de denúncias está aumentando. E o próprio ministério registrou flagrantes absurdos.

Isolado de todos os outros funcionários, o ferramenteiro José Nascimento Souza foi encontrado pelos fiscais do Ministério Público do Trabalho sentado em uma lata de lixo. Era o único na empresa sem uniforme e ferramentas.

Foram oito meses de humilhação para forçar o trabalhador que tinha estabilidade no emprego a pedir demissão. “Eu saia do almoço, batia o meu cartão e ia embora sem fazer nada o dia inteiro. Se alguém viesse falar comigo era repreendido no dia seguinte”, conta.

O caso terminou em acordo com pagamento de indenização. Em outra empresa, quatro funcionárias cumpriam uma espécie de castigo. Elas foram afastadas de suas funções e obrigadas a passar o dia inteiro sem fazer nada, não podiam sair do lugar. Duas delas estavam grávidas. “Eles ameaçam, dizem que é para a gente não levantar”, diz uma das mulheres.

A operadora de telemarketing Juliana Guerra conta que era assim que cumpria o aviso prévio depois de pedir demissão. “Eu até facilitei as coisas para eles. Pedi demissão. Então, eu achava que não tinha necessidade de tudo isso”, afirma.

Os dois casos foram considerados assédio moral pelo Ministério Público do Trabalho. É quando funcionários são humilhados e submetidos a situações constrangedoras durante o expediente.

A maior dificuldade é apresentar provas que confirmem o assédio moral. Mesmo assim, nos últimos cinco anos, houve um crescimento de 70% no número de denúncias feitas ao Ministério Público do Trabalho. Só no estado de São Paulo, os casos quadruplicaram, e a maioria deles ocorre nas indústrias.

De 2004 para cá, foram abertos mais de 600 inquéritos. Apenas 94 terminaram em acordo. No estado do Rio de Janeiro, até julho foram 394 casos com 21 acordos. “Ele consegue resolver o problema, chamando a empresa, propondo o termo de compromisso ou ajuizando uma ação civil pública. Então, a gente precisa da denúncia relatando esses fatos”, ressalta a procuradora do Trabalho Alvamari Tebet.

A operadora de telemarketing Patrícia Barros Andrade passou a sofrer o assédio depois de voltar de uma licença médica. Adquiriu uma doença ocupacional que comprometeu a produtividade dela na fábrica. Foi demitida depois que fez a denúncia, mas não se arrepende. “Eu acho que tem que denunciar. As leis mudaram. Então, todo mundo tem que ser bem tratado”, destaca.

As denúncias podem ser feitas pessoalmente nas regionais do Ministério do Trabalho espalhadas por todo o país ou mesmo pela internet. Só a denúncia pode levar à punição e à mudança de atitude das empresas.

Fonte: Paraná online

Executivos trocam saúde por trabalho.



Despreocupação com a qualidade de vida ou pura falta de tempo? O que leva um alto executivo, que chega a trabalhar mais de 16 h/dia, a deixar de lado os cuidados com a saúde? As desculpas são inúmeras, mas uma coisa é certa: um executivo afastado por problemas de saúde custa caro à empresa. Portanto, esse não é um problema do colaborador e dos departamentos de Recursos Humanos de uma grande empresa.

O foco destes profissinais está nos negócios, na competitividade e nas exigências profissionais, deixando o cuidado com a saúde como secundário. Em decorrência das tensões do dia-a-dia intenso, 80% admitem dormir mal e usar bebidas alcoólicas regularmente. Esta mistura perigosa pode levar ao aparecimento de doenças, como cardiovasculares, diabetes e, até mesmo, câncer.

Apesar disso, pesquisas apontam que apenas 70% dos executivos realizam check-ups e destes, 30% só se predispõe a fazê-los após muita insistência. Alguns não buscam os resultados dos exames e a maioria não segue as orientações do médico. Mas a culpa não é totalmente dos executivos, eles não se sentem motivados a ir ao médico e a fazer os exames porque falta personalização nesse processo. Os check-ups costumam ser padrões e não levam em conta hábitos e características individuais.

O processo é mecânico. As empresas trabalham com pacotes prontos de check-ups e os médicos pedem uma infinidade de exames de forma aleatória que não levam em conta a individualidade de cada um. Resultado: os recursos são mal empregados, os executivos se estressam com a quantidade de exames e a desorganização do processo e, na maioria das vezes, não se consegue mudar a evolução natural de uma doença, pois não se levou em conta o histórico do paciente.

Saber a incidência de alguns tipos de cânceres ou de doenças cardiovasculares na família, por exemplo, é muito importante para mapear os exames que devem ser solicitados. Se o risco familiar é de câncer de intestino, por exemplo, uma colonoscopia é imprescindível.

Mas para agir de forma preventiva efetivamente, o papel do médico não pode se restringir a solicitar e avaliar exames. É preciso ouvir o paciente e atuar de forma personalizada, apurando o histórico familiar para avaliar os riscos e mapear os exames que devem ser solicitados.

Além disso, no caso de executivos muito ocupados, o médico da empresa deve atuar de forma proativa e, em conjunto com a secretária, averiguar as melhores datas para exames e retornos, além de otimizar a solicitação de exames para facilitar a vida de quem não tem tempo de se deslocar.

Com essa relação de confiança estabelecida fica mais fácil fazer com que o paciente se sinta comprometido com o processo e a partir daí o médico poderá oferecer alternativas de dietas e exercícios físicos, indicar um personal ou fisioterapeuta e estabelecer metas.

Pesquisas mostram que colaboradores que adoecem e não procuram assistência médica, apresentam maior absenteísmo e mortalidade. Funcionários que trabalham com dores musculares, enxaqueca ou refluxo gastroesofágico perdem em produtividade o equivalente a 83,8 dias por semestre, enquanto o absenteísmo é de 4,5 dias no mesmo período.



Fonte:Paraná online.

quarta-feira, 16 de setembro de 2009

Explosão em tanque de etanol causa morte de trabalhador em Caçu/GO



Caçu/GO - Um tanque com aproximadamente cinco milhões de litros de álcool explodiu na tarde de 3 de setembro na usina Rio Claro no município de Caçu, em Goiás. Uma pessoa morreu e duas ficaram levemente feridas.

João Batista do Nascimento, 55, era funcionário de uma empresa prestadora de serviço da usina ETH Bioenergia.

A explosão provocou um incêndio em um dos dois tanques de estocagem de álcool. As chamas atingiram mais de 20 metros de altura.

Segundo o Corpo de Bombeiros, no momento do acidente, funcionários pintavam a parte externa do tanque, que esquentou e explodiu. A tampa do reservatório caiu sobre o funcionário.

Os bombeiros trabalharam durante toda a madrugada para conter as chamas. O fogo foi contido por volta das 5h, após o resfriamento das instalações e fim do etanol armazenado no tanque.

Em nota, a ETH Bioenergia informa que está prestando todo apoio necessário aos familiares das vítimas.

Veja nota oficial divulgada pela empresa:

"A ETH Bioenergia informa que o incêndio ocorrido na Usina Rio Claro, no município goiano de Caçu, já foi totalmente controlado. Graças à ação conjunta das equipes da Empresa e do Corpo de Bombeiros de Rio Verde, o fogo ocorrido em um dos dois tanques de estocagem de etanol foi totalmente extinto às 3h50 da madrugada desta sexta-feira e a área já foi completamente resfriada.

A ETH Bioenergia confirma a existência de uma vítima fatal, funcionário de uma empresa prestadora de serviços e, consternada, solidariza-se com os familiares da vítima, a quem está prestando todo apoio necessário.

O incêndio ficou restrito a um tanque de etanol, sem impacto nas demais instalações da usina. A retomada das operações somente ocorrerá após a confirmação de que todas as condições de segurança foram reestabelecidas. A produção de etanol, quando retomada, será estocada no segundo tanque de armazenamento, com capacidade de 20 milhões de litros.

Equipes de Saúde, Segurança e Meio Ambiente da ETH Bioenergia, juntamente com a Polícia Técnica de Jataí e o Corpo de Bombeiros de Rio Verde, estão tomando todas as providências necessárias e uma comissão especial será formada para apurar as causas do acidente."

Fonte: G1 - Globo.com
Foto: Divulgação TV Globo

segunda-feira, 14 de setembro de 2009

O estresse profissional na emergência.



O estresse profissional na emergência.

O PROAP é um programa vanguardista, para procedimentos relacionados a incidentes críticos, tendo como enfoque principal as áreas de emergência (Policia, Bombeiros e profissionais de APH). O Programa é baseado em estudos realizados pelo IACP (International Association of Chiefs of Police) e de acordo com a Recomendação nº 2001/02 da CTIF (Comité Technique International de Prevention Et D’Extinction Du Feu).

Não há estresse na indústria que possa se comparar com a gravidade de estresse que envolve cuidar de doentes, feridos e lidar com vitimas e seus familiares em momentos de crise emocional. Profissionais, especialmente os de emergência, estão propensos a encontrar situações extremamente estressantes no decorrer de seu trabalho. As situações mais estressantes são chamadas de incidentes críticos de estresse. A seguir, estão alguns exemplos:

Ameaça de violência física, de vitimas violentas;
Mortes traumáticas e qualquer situação grave envolvendo crianças;
Morte de membros da equipe;
Ferimentos sérios ou doenças como resultado das atividades de emergência;
Suicídio de colegas de trabalho;
Situações longas com resultados negativos;
Fatores ligados às intervenções: o fato de afrontar uma situação nova, a necessidade de decisões rápidas sem espera, intervenção em lugares críticos, dificuldade de assimilação de alguns sentimentos no momento da ocorrência: etc.

Estes são momentos críticos que podem provocar nas equipes de emergências, experiências de reações emocionais muito fortes que tenham o potencial de interferir no exercício de sua função, no momento da ocorrência ou mais tarde.

Quando estas experiências tornam-se extremamente ameaçadoras ou severa, resulta em manifestação física, cognitiva e emocional chamada estresse traumático.

O estresse traumático a que estão expostos os profissionais que participam de emergência, pode produzir reações de estresse acumulativo, incluindo o transtorno de estresse pós-traumático (PTSD – post traumatic stress disorder), a depressão e sinais de esgotamento profissional ou Burnout, um tipo específico de estresse, considerado um dos desdobramentos mais importantes do estresse profissional.

Burnout é a expressão inglesa para designar aquilo que deixou de funcionar por exaustão de energia. Se considera um transtorno adaptativo crônico, em associação com as demandas psicossociais de trabalhar com ocupações que têm um traço comum, como contato interpessoal intenso. Burnout é uma síndrome caracterizada por sintomas e sinais de exaustão física, psíquica e emocional, em decorrência de má adaptação do indivíduo a um trabalho prolongado e estressante.

Como se observou, o trabalho que executa esses profissionais é altamente estressante e ansiogênico, o que pode acarretar prejuízos de ordem física e psicológica, rebaixando com isso, o nível de sua produção.

O PROAP possui uma equipe especializada e apresenta um programa de treinamento que qualifica-se de Preventivo e Profilático, pois tende a eliminar a possibilidade de esgotamento provocado pelo estresse do trabalho, culminando em melhoria da qualidade de vida do profissional e por sua vez maior desempenho de suas funções. A metodologia do programa possui uma variedade de técnicas de intervenção:

Apoio “In loco” (nas cenas das ocorrências ou situações de desastres);
Reuniões de preleção e de desabafo;
Estratégias para lidar com o estresse:
gerenciamento do estresse;
rebaixamento do nível de ansiedade;
desenvolver habilidades para adquirir compreensão maior sobre o estresse em ocorrências ou catástrofes. Identificando os agentes causadores do estresse, torná-los conscientes possibilitando o manejo inteligente do estresse para poder atuar em conseqüência e enfrenta-lo.
Especialistas insistem em que o estresse profissional recebe pouca atenção, as empresas, as instituições não investem suficientes recursos para levar a cabo programas como este, destinados a combater o inimigo invisível, o estresse.

O serviço de emergência é muito valioso para sacrificar profissionais em sofrimento resultante de um trabalho estressante associados a incidentes críticos. Chegou a hora dos departamentos de emergência tomarem um passo importante para preservarem as carreiras daqueles que experimentam emoções como salvar propriedades de destruição, proteger a comunidade de modo geral e a máxima satisfação de salvar uma vida humana.

Isso é Burnout

“Nós profissionais do serviço de emergência, temos um trabalho que é repleto de estresse a todo momento. Devemos tomar decisões de vida e morte em frações de segundos. Durante uma chamada, devemos lidar com nossas vitimas, familiares, amigos, curiosos e nossos próprios sentimentos. Fomos ensinados a sermos profissionais da emergência e que podemos lidar com isso. Espera-se que sorríamos quando a família de uma vitima nos blasfema. Devemos permanecer calmos quando o mundo parece estar caindo aos pedaços, e há feridos em qualquer lugar. Devemos salvar qualquer um. Não nos foi ensinado que alguns morrerão, não importando o quanto nos empenhemos, ou que alguém sobreviverá, mas depois da doença não será mais o mesmo. Somos profissionais de emergência. Não se supõe que choramos. Não se supõe que nos envolvemos. Somos valentes a toda hora. Devemos aceitar que, periodicamente, estaremos deprimidos e devemos trabalhar com o problema de forma construtiva. Não há vergonha em admitir que somos humanos e precisamos de assistência como qualquer um. Vamos esperar e orar para que aprendamos esta lição antes de perder mais um companheiro do serviço para a habilidosa doença do estresse”.

Jacqueline Mazzoni é psicóloga, mestre em Psicologia, professora da Universidade Camilo Castelo Branco e doutoranda em Psicologia da Saúde (stress ocupacional) na Universidade de Havana, Cuba. Diretora do PROAP, programa pioneiro no Brasil desde 1996

A FÉ !


O homem tem sua fé abalada quando menos espera... passa por acontecimentos que mexem com seu subconsciente, demonstrando dúvidas por assuntos em que antes tinha certeza absoluta.

Marcelo é bombeiro há treze anos. Militar regrado, não deixa-se abater por pequenas coisas; ama sua profissão, sua família e seus bens materiais. Trabalha com orgulho e vontade, arrancando elogios até de colegas desmotivados.
Mas, com a experiência que os anos trouxeram, Marcelo se viu um tanto revoltado: “Como é possível tanta injustiça neste mundo?”
“Qual é o critério de Deus para o desenrolar da vida humana?”

Tudo começou com um atropelamento, num domingo de manhã. Um menino de 7 anos colhido na calçada por um motorista que perseguia furiosamente um outro veículo que, ao que parece, fechara-o algumas esquinas antes.
A criança teve morte instantânea. A cena do corpo não era tão angustiante (já havia participado de outras parecidas); o que fez Marcelo tremer foi a imagem da mãe com o filho morto nos braços... a expressão de dor sem histerismo, silenciosamente perturbadora mexeu com o equilíbrio do bombeiro.
Marcelo chegou no quartel e seguiu direto para o alojamento. Chorou, e chorou, e chorou... lembrava de seu filho, que naquele momento deveria estar na escola; não parava de pensar naquela mãe, com seus olhos suplicando a morte para ela também.

Algum tempo depois, nova ocorrência: num ajuste de contas entre traficantes, um deles havia sido alvejado a tiros de forma impiedosa – dois projéteis na cabeça, dois no tórax, um no abdome e mais dois nos braços. Detalhe: a vítima encontrava-se plenamente consciente.
O traficante de drogas chegou ao hospital conversando; salvou-se, e depois de três semanas estava nas ruas novamente.
Marcelo odiou profundamente aquele homem. Todas as vezes que passava por aquele lugar avistava o traficante; o bombeiro controlava seus ímpetos de descer da viatura e enforcá-lo cruelmente com as próprias mãos, até que visse a luz esvair-se dos olhos do bandido.
“De fato, Deus não existe!”
“É impossível que Deus exista!!!”

Marcelo mudou completamente. Já não tinha tanto prazer de trabalhar no Corpo de Bombeiros! Ficou desleixado, absorto na maior parte do tempo, reclamando de tudo e de todos.
Não encontrava ânimo para instruções e treinamentos; todos os atendimentos eram motivos de revolta:
“- Como este imbecil conseguiu ser atropelado nesta rua deserta?”
“- Se este velho idiota estivesse em casa, não teria caído e quebrado a perna...”
“- Burra! Sai de casa e esquece a panela no fogo!”
Tudo caminhava neste pé, quando mais uma vez o destino aprontou com Marcelo:

Noite. Fim-de-semana. Cidade vazia.
Marcelo, motorista da viatura de resgate, desloca-se em velocidade e com sirene ligada para uma suspeita de parada cárdio-respiratória; avançava por uma rua escura quando, de repente, avistou na calçada à sua esquerda uma mulher agitando freneticamente os braços. Diminuiu a marcha, freando o carro aos poucos, quando surge à sua frente, vindo correndo da direita, um menino, de aproximadamente 7 anos.
Brecou. Com o susto, a criança estancou, paralisada; uma mulher saiu da casa logo em seguida, assustada, abraçando o filho.
A mulher que havia avisado Marcelo não estava mais lá... sumira.
Um arrepio tomou conta do corpo do bombeiro. Seu companheiro ao lado perguntava como ele conseguira ver a criança a tempo; Marcelo não dizia nada. Só conseguia pensar em seu filho, fitando a mulher que abraçava o menino.
Seguiu seu destino, para a suspeita de parada cárdio-respiratória.

Um anjo! Só poderia ter sido um anjo que o avisou!

“De fato, é possível que Deus exista.”

Fernando Dimitri

COMBUSTÃO É FOGO.



Extinção: É o resultado da retirada de um ou mais dos componentes acima citados.

COMBUSTÃO É FOGO

Combustão é uma reação química de oxidação, auto-sustentável, com liberação de luz, calor, fumaça e gases. Para que isso ocorra é necessário a união de quatro elementos essenciais do fogo, que são:

CALOR – Forma de energia que eleva a temperatura.
Gerada da transformação de outra energia, através de processo físico ou químico.

COMBUSTIVEL – É toda a substancia capaz de queimar e alimentar a combustão.
Elemento que serve de campo de propagação ao fogo. Os combustíveis podem ser, sólidos, líquidos ou gasosos.

COMBURENTE – É o elemento que possibilita vida as chamas, e intensifica a combustão.
O mais comum é que o oxigênio desempenhe este papel, porem não é o único, existindo outros gases.

REAÇÃO EM CADEIA – É a queima auto-sustentável.
É a união dos três itens acima descritos, gerando uma reação química. Quando o calor irradiado das chamas atinge o combustível e este é decomposto em partículas menores, que se combinam com o comburente e queimam, irradiando outra vez calor para o combustível, formando um ciclo constante.


FORMAS DE COMBUSTÃO

Combustão Completa
É aquela em que a queima produz calor e chamas e se processa em ambiente rico em comburente.

Combustão Incompleta
É aquela em que a queima produz calor e pouca ou nenhuma chama e se processa em ambiente pobre em comburente.

Combustão Espontânea
É aquela gerada de maneira natural, podendo ser pela ação de bactérias que fermentam materiais orgânicos, produzindo calor e liberando gases, alguns materiais entram em combustão sem fonte externa de calor, ocorre também na mistura de determinadas substancias químicas, quando a combinação gera calor e libera gases.

Explosão
É a queima de gases ou partículas sólidas em altíssima velocidade, em locais confinados.
FORMAS DE PROPAGAÇÃO

O calor pode-se propagar de três diferentes maneiras: Condução, Convecção e Irradiação. Como tudo na natureza tende ao equilíbrio, o calor é transferido de objeto com temperatura mais alta para aqueles com temperatura mais baixa. O mais frio de dois objetos absorvera calor até que esteja com a mesma quantidade de energia do outro.

Condução – É a transferência de calor através de um corpo sólido de molécula a molécula. Quando dois ou mais corpos estão em contato, o calor é conduzindo através deles como se fosse um só corpo.

Convecção – É a transferência de calor pelo próprio movimento ascendente de massas de gases ou líquido.

Irradiação – É a transmissão de calor por ondas de energia caloríficas que se deslocam através do espaço.
CLASSIFICAÇÃO DOS INCÊNDIOS
INCÊNDIO é combustão sem controle.

Essa Classificação foi elaborada pela NFPA - Associação Nacional de Proteção a Incêndios/EUA, e adotada pelas: IFSTA - Associação Internacional para o Treinamento de Bombeiros/EUA, ABNT – Associação Brasileira de Normas Técnicas/BR e Corpos de Bombeiros/BR.
Os incêndios são classificados de acordo com os materiais neles envolvidos, bem como a situação em que se encontram. Essa classificação determina a necessidade do agente extintor adequado.

CLASSE “A”
Combustíveis sólidos, ex. madeiras, papel, tecido, borracha, etc., caracterizado pelas cinzas e brasas que deixam como resíduos, sendo que a queima se da na superfície e em profundidade.

CLASSE “B”
Líquidos inflamáveis, graxas e gases combustíveis, caracterizados por não deixar resíduos e queimar apenas na superfície exposta.

CLASSE “C”
o Material e equipamentos energizados, caracterizado pelo risco de vida que oferece.

CLASSE “D”
o Metais combustíveis, ex. magnésio, selênio, antimônio, lítio, potássio, alumínio fragmentado, zinco, titânio, sódio e zircônio, caracterizado pela queima em altas temperaturas e por reagir com agentes extintores comuns principalmente se contem água.
METÓDOS DE EXTINÇÃO


Retirada do material combustível, é o método mais simples de se extinguir um incêndio, baseia-se na retirada do material combustível, ainda não atingido, da área de propagação do fogo.

Resfriamento é o método mais utilizado, consiste em diminuir a temperatura do material combustível que esta queimando, diminuindo, conseqüentemente, a liberação de gases ou vapores inflamáveis.

Abafamento consiste em impedir ou diminuir o contato do comburente com o material combustível.

Extinção química consiste na utilização de certos componentes químicos, que lançados sobre o fogo, interrompem a reação em cadeia.
AGENTES EXTINTORES

Água
Utilizado nos incêndios de classe: A
Espuma
Utilizado nos incêndios de classe: A e B
Gás Carbônico (CO2)
Utilizado nos incêndios de classe: A, B e C
Pó Químico seco
Utilizado nos incêndios de classe: B e C (na classe D é utilizado pó químico especial)
Gases Nobres limpos
Utilizado nos incêndios de classe: A, B e C
EXTINTORES

EXTINTOR DE ÁGUA PRESSURIZADO

Este é o extintor mais indicado para o combate a príncipio de incêndio em materiais da classe “A” (sólidos); não deverá ser usado em hipótese alguma em materiais da classe “C” (elétricos energizados), pois a água é excelente condutor de eletricidade, o que acarretará no aumento do fogo; deve-se evitar também seu uso em produtos da classe “D” (materiais pirofóricos), como o magnésio, pó de alumínio e o carbonato de potássio, pois em contato com a água eles reagem de forma violenta.
A água agirá por resfriamento e abafamento.
Procedimentos para uso:
- retirar o pino de segurança;
- empunhar a mangueira e o gatilho; e
- apertar o gatilho e dirigir o jato para a base do fogo.

EXTINTOR DE ÁGUA PRESSURIZÁVEL (PRESSÃO INJETADA)

Seu uso é equivalente ao de água pressurizada, diferindo-se apenas externamente pelo pequeno cilindro contendo gás propelente, cuja válvula deve ser aberta no ato de sua utilização, a fim de pressurizar o ambiente interno do extintor, permitindo o seu funcionamento. O agente propulsor (propulente) é o gás carbônico (CO2).
Procedimentos de uso:
- abrir a válvula do cilindro de gás;
- empunhar a mangueira e o gatilho; e
- apertar o gatilho e dirigir o jato para a base do fogo.

EXTINTOR DE PÓ QUÍMICO SECO (PQS)

É o mais indicado para ação em materiais da classe “B” (líquidos inflamáveis), mas também pode ser usado em materiais classe “A” e em último caso, na classe “C”. Age por abafamento, isolando o oxígênio e liberando gás carbônico assim que entra em contato com o fogo.
Procedimentos para uso:
- retirar o pino de segurança;
- empunhar a pistola difusora; e
- atacar o fogo acionando o gatilho.

EXTINTOR DE PQS COM PRESSÃO INJETÁVEL

As mesmas características do PQS pressurizado, mas mantendo externamente uma ampola de gás para a pressurização no instante do uso.
Procedimentos para uso:
- abrir a ampola de gás;
- empunhar a pistola difusora; e
- apertar o gatilho e dirigir a nuvem de pó para a base do fogo.

EXTINTOR DE ESPUMA MECÂNICA PRESSURIZADO

A espuma é gerada pelo batimento da água com o líquido gerador de espuma e ar (a mistura da água e do líquido gerador de espuma está sob pressão, sendo expelida ao acionamento do gatilho, juntando-se então ao arrastamento do ar atmosférico em sua passagem pelo esguicho).
Será usado em princípios de incêndio das classes “A” e “B”.
Procedimentos de uso:
- retirar o pino de segurança;
- empunhar o gatilho e o esguicho; e
- apertar o gatilho, lançando a espuma contra o fogo.

EXTINTOR DE ESPUMA MECÂNICA COM PRESSÃO INJETADA

As mesmas características do pressurizado, mas mantendo a ampola externa para a pressurização no instante do uso.
Procedimentos para uso:
- abrir a válvula do cilindro de gás;
- retirar o pino de segurança;
- empunhar o gatilho e o esguicho; e
- apertar o gatilho, lançando a espuma contra o fogo.

EXTINTOR DE ESPUMA QUÍMICA

Embora esteja em desuso no mercado, ainda é possível encontrá-lo em edificações. Seu funcionamento é possível devido a colocação do mesmo de “cabeça para baixo”, formando a reação de soluções aquosas de sulfato de alumínio e bicarbonato de sódio. Depois de iniciado o funcionamento, não é possível a interrupção da descarga.
Deve ser usado em princípios de incêndio das classes “A” e “B”.
Procedimentos para uso:
- não deitar ou virar o extintor antes de chegar ao local do fogo;
- no local, inverter a posição do cilindro; e
- lançar a espuma contra o fogo.

EXTINTOR DE GÁS CARBÔNICO (CO2)

É o mais indicado para a extinção de princípio de incêndio em materiais da classe “C” ( elétricos energizados ), podendo ser usado também na classe “B”.
Procedimentos para uso:
- retirar o pino de segurança;
- empunhar o gatilho e o difusor; e
- apertar o gatilho, dirigindo o difusor por toda a extensão do fogo.

EXTINTOR DE HALOGENADO (HALON)

Composto por elementos halogênios (flúor, cloro, bromo e iodo).
Atua por abafamento, quebrando a reação em cadeia que alimenta o fogo.
Ideal para o combate a princípios de incêndio em materiais da classe “C”.
Procedimentos para uso:
- retirar o pino de segurança;
- empunhar o gatilho e o difusor; e
- acionar o gatilho, dirigindo o jato para a base do fogo.

EXTINTOR SOBRE RODAS (CARRETA)


A diferença dos extintores em geral é a sua capacidade. Devido ao seu tamanho, sua operação requer duas pessoas.
As carretas podem sêr:
- de água;
- de espuma mecânica;
- de espuma química;
- de pó químico seco; e
- de gás carbônico.

O que é liquido gerador de espuma (lge)?



LGE, Líquido Gerador de Espuma, ou como alguns especialistas também preferem, Líquido Concentrado Formador de Espuma, trata-se de um detergente líquido e concentrado, especialmente formulado para em mistura com a água pura, do mar ou salobra, formar uma espuma com características física-químicas especiais de resistência química e a temperatura elevadas.

Os LGEs inicialmente classificavam-se em formadores de Espuma Química ou Mecânica de baixa expansão. Com o tempo os LGEs formadores de Espuma Química foram gradativamente sendo obsoletados e substituídos integralmente pelos LGEs formadores de espuma mecânica de baixa expansão. Como o próprio nome informa, um formava espuma como resultante de uma reação química entre seus constituintes e o LGE formador de espuma mecânica, pela ação mecânica na mistura de LGE com água e ar. Como a espuma química, devido a uma série de inconvenientes fora desativada, tudo sobre o qual falarmos daqui em diante refere-se a LGE FORMADOR DE ESPUMA mecânica DE BAIXA EXPANSÃO.

Os LGEs formadores de espuma mecânica de baixa expansão classificam-se em três grandes famílias, descritas a seguir pela ordem como foram surgiram:
A- LGEs Proteinicos
B- LGEs Fluoroproteinicos, e
C- LGEs Sintéticos-Fluorados.

A- LGEs Proteinicos:
Os LGes Proteinicos foram desenvolvidos a partir de proteína animal. Apesar de possuírem característica superiores 'a espuma química, havia o inconveniente da baixa estabilidade de estoque. Com o tempo surgiram alternativas que tornou este LGE pouco mais estável com a inclusão na sua formula de tensoativos fluorados, surgindo então os LGEs Fluoroproteinicos.

B- LGEs Fluoroproteinicos:
Como o próprio nome diz, trata-se de uma mistura de proteína (animal) e Compostos Fluorados. Esta mistura deu um ganho muito grande de qualidade na espuma formada e também no LGE. O concentrado ganhou estabilidade em tempo de estocagem e a espuma ganhou em fluidez e resistência térmica. A partir disto foi apenas uma questão de tempo para que a proteína fosse substituída completamente, embora ainda esteja em uso.

C- LGEs Sintéticos-Fluorados:
A ultima geração do desenvolvimento dos LGEs encontra-se neste estágio, sendo totalmente sintéticos e fluorados. Os ganhos em performance foram enormes podendo ser enumerados alguns destes:

Maior estabilidade do concentrado em estoque.
Maior fluidez da espuma na superfície do líquido em chamas.
Possibilidade de uso com água doce do mar e salobra.
Uso conjunto com pó químico seco, permitindo um melhor sinergismo na extinção.
Melhor atuação em incêndio com derramamento de líquidos e incêndio "tridimensional".
Rápido abate 'as chamas (rápido Knock Down).
Aplicações com equipamentos sem aspiração de ar.
Permitindo o uso em Chuveiros automáticos.
Uso em extintores portáteis ou equipamentos pre-mix.
Melhor selagem dos vapores devido a formação de filme aquoso.
Melhora a atuação da água em incêndios da classe A, tais como papel, tecido, madeira, etc.

Mecanismos de Extinção de um LGE AFFF:

LGE: (6 litros)+ Água (94 litros) + Ação Mecânica + Ar = Espuma (300 a 1500 litros)
Espuma: (300 a 1500 litros) lançada na superfície = Colchão de proteção (área de 10 a 50 m2)

Colchão de espuma:
-Abafa: Isolando o combustível do comburente extinguindo as chamas.
-Contorna obstáculos: Devido sua boa fluidez, resultado da ação dos tenso-ativos fluorados, contorna mais facilmente obstáculos.
-Confina o incêndio: A espuma permite que o incêndio seja extinto por partes, mantendo a proteção nas áreas extintas e reduzindo a área em chamas.
-Resfria: Por conter na fase líquida pelo menos 94 % de água, atua também como um meio de troca de calor ajudando a resfriar a superfície do combustível e os obstáculos sólidos.
-Previne re-ignição: Protege a área extinta da re-ignição provocada por objetos quentes.
-Selagem dos vapores: A ação dos tenso-ativos fluorados, gerando uma maior rapidez da drenagem líquida, permite a formação de um filme aquoso que permanece na superfície do combustível e somado a espuma remanescente gera um excelente selador dos vapores combustíveis.

• Dicas de Prevenção •



• Não permita o acúmulo de lixo em locais que não sejam apropriados ou recipientes impróprios.

• Não guarde estopas, panos, algodão, papel impregnados de óleo, ceras, álcool ou gasolina, no mesmo recipiente, porque os mesmos podem provocar uma combustão espontaneamente.

• Não fume em locais proibido ou impróprio.

• Não jogue pontas de cigarros e palitos de fósforos acesos em cestos de lixos, beira de estradas ou rodovias.

• Mantenha em estoque a quantidade mínima de produtos inflamáveis.

• Armazene os produtos inflamáveis em recipiente próprios, fechados, em ordem, devidamente rotulados e longe do alcance de curiosos.

• Mantenha os produtos de limpeza e medicamentos em recipientes fechados e longe do alcance de crianças.

• A fumaça gerada nos incêndios é asfixiante e tóxica, portanto evite respirá-la. Se tiver que passar por um local inundado de fumaça, proteja o nariz com um pano úmido ou rasteje, o ar próximo ao solo é mais puro, e o ar quente com os gases tóxicos tende a subir.

• Não sobrecarregue as instalações elétricas, com equipamentos para os quais as mesmas não foram dimensionadas e evite o uso do benjamim.

• Para a sua segurança, substitua os disjuntores defeituosos.

• Mantenha as instalações elétricas, em boas condições de uso, sinalizadas e protegidas.

• Não obstrua as rotas de fuga, saídas de emergência, equipamentos de detecção e alarme de combate a incêndio.

• Ao abrir um ambiente fechado e sentir odor de gás, não entre, não ligue e nem desligue, nenhum equipamento elétrico. Desligue o disjuntor, instalado fora do ambiente e chame socorro especializado.

ATENÇÃO! Toda e qualquer ação em ambiente gaseificado, poderá provocar acidentes.

• Instale o seu botijão de GLP (Gás Liquefeito de Petróleo) em local arejado (aberto), longe de ralos e qualquer fonte de ignição.

• Jamais deixe a mangueira do gás, passando por trás do forno do fogão.

• Quando não estiver fazendo uso do fogão, mantenha a válvula (registro) do botijão de gás fechada (esta atitude anula o risco de uma criança, provocar vazamento ao abrir o botão do bico de gás), ou possíveis rompimentos da mangueira.

• Ao usar o fogão, tenha em mãos o fósforo aceso, principalmente quando for utilizar o forno, e apenas feche a tampa quando se certificar que a chama esteja acesa.

• Quando estiver cozinhando, deixe os cabos das panelas voltados para o centro do fogão. Isso evita que por descuido, você esbarre no cabo da panela e derrame o conteúdo quente sobre você ou que crianças puxem o cabo da panela.

• Troque a mangueira e o registro do gás, sempre que vencer o prazo de validade (5 anos).

• Sempre que substituir o botijão, faça o teste com espuma de sabão, para verificar se existe vazamento de gás. Caso afirmativo, troque a borracha de vedação da rosca do botijão, se persistir o vazamento, contate a sua revendedora.

• Ao usar banheira aquecida a gás, deixe sempre o local ventilado.

• Ao acender velas, deixe-as em locais seguros: longe de cortinas ou próximo de qualquer material combustível.

• As escadas, devem ter corrimões e piso antiderrapantes ou material semelhante nas extremidades dos degraus.

"Não esqueça que ao realizar uma boa prevenção, evitará que muitos acidentes e imprevistos aconteçam!"

• Por que constituir e treinar a Brigada de Incêndio? •



• Brigada de Incêndio
É um grupo organizado de pessoas voluntárias ou não, treinadas e capacitadas para atuar na prevenção, abandono de área, combate a princípio de incêndio e incêndio, e prestar os primeiros socorros, dentro de uma área preestabelecida.

Quem deverá constituir Brigada de Incêndio:

Toda empresa legalmente constituída.

Vantagens:

Adequação às legislações;
Proteção do patrimônio;
Prevenir e extinguir incêndios;
Proteger e Salvar vidas.

Legislações que regulamentam o assunto:

NR (Norma Regulamentadora) 23 do MTE (Ministério do Trabalho e Emprego), aprovada pela Portaria 3.214/1978.
IT (Instrução Técnica) 17/2004 do Decreto Estadual Nº 46.076/2001 do Corpo de Bombeiros da Policia Militar do Estado de São Paulo.
NBR (Norma Brasileira de Registro) 14.276/2006 da ABNT (Associação brasileira de Normas Técnicas).

Como constituir a Brigada de Incêndio:
A Brigada de Incêndio deve ser composta levando-se em conta a população fixa da edificação e o percentual de cálculo do anexo “A” da IT 17/2004, que é obtido através do grupo e da divisão de ocupação da planta, conforme a equação a seguir:

Número de brigadistas por pavimento ou compartimento = [população fixa por pavimento] X [% de cálculo do anexo A]
Para os números mínimos de brigadistas, devem-se prever os turnos, a natureza de trabalho e os eventuais afastamentos.

Sempre que o resultado obtido do cálculo do número de brigadistas por pavimento for fracionário, deve-se arredondá-lo.

Exemplo:
Loja
População fixa = 9 pessoas
Nº de brigadistas por pavimento = [população fixa por pavimento] x [% de cálculo da tabela A]
Nº de brigadistas por pavimento = (9 x 40%) = 3,6
Nº de brigadistas por pavimento = 4 pessoas

Sempre que o número de pessoas for superior a 10, o cálculo do número de brigadistas por pavimento deve-se levar em conta o percentual até 10 pessoas.

Exemplo:
Escritório
População fixa = 36 pessoas
Nº de brigadistas por pavimento = [população fixa por pavimento] x [% de cálculo da tabela A]
Nº de brigadistas por pavimento = 10 x 30% + (36 - 10) x 10% = 3 + (26 x 10%) = 3 + 2,6 = 5,6
Nº de brigadistas por pavimento = 6 pessoas

O número de brigadistas só é calculado por grupo de ocupação, se as unidades forem compartimentadas e os riscos forem isolados.

Exemplo: planta com duas edificações, sendo a primeira uma área de escritórios com três pavimentos e 19 pessoas por pavimento e a segunda uma indústria de médio potencial de risco com um pavimento e 116 pessoas:

Edificações com pavimentos compartimentados e riscos isolados, calcula-se o número de brigadistas separadamente por grupo de ocupação:
Exemplo:
Área administrativa
População fixa = 19 pessoas por pavimento (três pavimentos)
Nº de brigadistas por pavimento = [população fixa por pavimento] x [% de cálculo da tabela A]
Nº de brigadistas por pavimento = 10 x 30% + (19-10) x 10% = 3 + 0,9 = 3,9
Nº de brigadistas por pavimento = 4 pessoas

Área industrial
População fixa = 116 pessoas
Nº de brigadistas por pavimento = [população fixa por pavimento] x [% de cálculo da tabela A]
Nº de brigadistas por pavimento = 10 x 50% + (116 - 10) x 7% = 5 + 106 x 7% = 5 + 7,42 = 12,42
Nº de brigadistas por pavimento = 13 pessoas

Nº total de brigadistas (área administrativa + área industrial)
No total de brigadistas = (4 x 3) + 13 = 12 + 13 = 25
No total de brigadistas = 25 pessoas

Edificações sem compartimentação dos pavimentos e sem isolamento dos riscos, calcula-se o número de brigadistas por meio do grupo de ocupação de maior risco:

No caso utiliza-se o grupo da área industrial
Nº de brigadistas por pavimento = [população fixa por pavimento] x [% de cálculo da tabela A]

Área administrativa
População fixa = 19 pessoas por pavimento (três pavimentos)
Nº de brigadistas por pavimento = 10 x 50% + (19-10) x 7% = 5 + 9 x 7% = 5 + 0,63 = 5,63
Nº de brigadistas por pavimento = 6 pessoas

Área Industrial
População fixa = 116 pessoas
Nº de brigadistas por pavimento = 10 x 50% + (116 - 10) x 7% = 5 + 106 x 7% = 5 + 7,42 = 12,42
Nº de brigadistas por pavimento = 13 pessoas

Nº total de brigadistas (área administrativa + área industrial)
No total de brigadistas = (6 x 3) + 13 = 18 + 13 = 31
Nº total de brigadistas = 31 pessoas

A composição da brigada de incêndio deverá levar em conta a participação de pessoas de todos os setores.

Quando em uma planta houver mais de um grupo de ocupação, o número de brigadistas deve ser calculado, levando-se em conta o grupo de ocupação de maior risco.

Em média geral, 10% dos funcionários, deverão fazer parte da Brigada de Incêndio.

Como treinar:

Através de um profissional qualificado ou empresa especializada de sua confiança.
Quando devo constituir e treinar a Brigada de Incêndio:

É necessário para obtenção do AVCB (Auto de Vistoria do Corpo de Bombeiros da Policia Militar do Estado de São Paulo).
Para obtenção do Alvará de Funcionamento.
É uma exigência das seguradoras.
Obtenção das ISOs.
NOTA:

- IT 17/2004 – ITEN 5.4.2.1 A periodicidade do treinamento deve ser de 12 meses ou quando houver alteração de 50% dos membros da brigada.

- NBR 14276/2006 – ITEN 4.1.4.1 A validade do treinamento completo de cada brigadista é de no máximo 12 meses.


Curiosidades:

Ao constituir e treinar a Brigada de Incêndio, estará cumprindo uma prerrogativa legal, protegendo o seu patrimônio, proporcionando segurança e bem estár aos seus colaboradores, clientes e seus familiares.

Segundo as estatísticas: “o que a Brigada de Incêndio não faz nos primeiros cincos minutos, em um incêndio, o Corpo de Bombeiro leva em média cinco horas para fazer”.

ATENÇÃO! “Se ocorrer um incêndio em sua empresa e não estiver em dia com o treinamento da Brigada de Incêndio, poderá não receber a apólice do seguro”.

Operário fica 15 minutos pendurado no 11º andar de prédio no DF




Homem escorregou de andaime e ficou 15 minutos preso por uma corda.
Ele foi salvo por colegas, que abriram buraco em parede da construção



Um operário ficou pendurado pelo cinto de segurança no 11º andar de um prédio em construção na cidade de Águas Claras, a 10 km de Brasília, por cerca de 15 minutos, até ser socorrido. A cena foi fotografada por um morador vizinho da obra.

Testemunhas disseram que o operário escorregou do andaime onde trabalhava se agarrou ao ferro de sustentação do equipamento, mas não conseguiu suportar por muito tempo. Então, o homem se soltou e ficou pendurado apenas pela corda amarrada ao cinto de segurança.

A vida do operário, ainda não identificado, foi salva pelos colegas de trabalho, que abriram um buraco na parede em obras e o puxaram para dentro do prédio. Segundo os vizinhos da obra, o Corpo de Bombeiros chegou dez minutos depois do resgate.

A construtora responsável pela obra confirmou que o operário limpava uma tábua, tropeçou no material de limpeza e escorregou. A empresa reafirmou que ele usava na hora do acidente os equipamentos de segurança obrigatórios.

Fonte G1

quinta-feira, 3 de setembro de 2009

NR - 06: Empresa flagrada explorando 154 não assume responsabilidade




Segundo informações do Ministério do Trabalho e Emprego (MTE), propriedade na Bahia pertence à mineira Rotavi Componentes Automotivos Ltda., que usa o carvão vegetal como combustível na fabricação de produtos de liga-leve. A reportagem aponta que a produção foi paralisada em decorrência da grave situação encontrada: não havia equipamentos de proteção individual (EPIs) ou qualquer tipo de cuidado com relação à saúde e segurança dos carvoeiros.

Um grupo de 154 trabalhadores foi encontrado em condições análogas à escravidão em carvoaria no município de Jaborandi (BA), no extremo oeste do estado nordestino. Segundo informações do grupo móvel do Ministério do Trabalho e Emprego (MTE), a propriedade pertence à empresa Rotavi Componentes Automotivos Ltda., com sede em Betim (MG), que utiliza o carvão vegetal como combustível na fabricação de liga-leve, produto utilizado na cadeia produtiva da indústria automobilística.

De acordo com o auditor fiscal do Trabalho Klinger Moreira, que coordenou a operação, os trabalhadores não tinham carteira assinada e não recebiam regularmente. Parte da alimentação era oferecida pelos empregadores, mas itens complementares eram vendidos - e depois descontados do “virtual pagamento” - a preços abusivos aos empregados. Dois “gatos” (aliciadores de mão-de-obra e intermediários da empreitada) atuavam na fazenda localizada na proximidades da divisa com o Estado de Goiás, não muito distante de Posse (GO), que fica a pouco mais de 300 km da capital Brasília (DF).

Alguns dos trabalhadores relataram que receberam “adiantamentos” dos “gatos” no montante de R$ 50; outros contaram que estavam há três meses no local sem receber absolutamente nada. A Rotavi, conta Klinger, não se apresentou para assumir a responsabilidade pela situação irregular flagrada pelo grupo móvel, que iniciou a ação na última quarta-feira (27).

Os 154 trabalhadores que abasteciam os 450 fornos foram libertados pela fiscalização, mas permanecem no local para que os empregadores arquem com o pagamento dos seus direitos. Klinger denuncia que os “gatos” tentaram retirar as pessoas do local neste sábado (30), mas foram impedidos de fazê-lo pela presença do grupo móvel.

O coordenador da operação informa que representantes de uma outra empresa (Carvovale) chegaram a se apresentar para responder pelo caso. Segundo Klinger, porém, a verdadeira envolvida na produção é a Rotavi, que sequer havia firmado contrato com terceiros. “Não há nem como falar em terceirização”, assegura o auditor fiscal do Trabalho.

Mesmo depois da fiscalização, os trabalhadores ficaram no local como forma de pressionar a resposta do empregador. A produção foi paralisada em decorrência da grave situação encontrada: não havia equipamentos de proteção individual (EPIs) ou qualquer tipo de cuidado com relação à saúde e segurança dos carvoeiros. Mesmo sendo de alvenaria, os alojamentos também estavam em condições degradantes: sujos e com problemas no banheiro. As acomodações ficavam perto dos fornos, sujeitas à intoxicação pela fumaça.

Entre os empregados, havia carvoeiros vindos de Minas Gerais e de estados nordestinos como o Piauí. Estimativas preliminares apontam que os responsáveis pela situação encontrada deverão pagar cerca de R$ 350 mil apenas em multas e rescisões. Klinger declara que a extensa área de produção do carvão vegetal também tinha plantações de eucalipto para o abastecimento dos fornos.

A Rotavi já fora alvo de pelo menos outra ação civil pública movida pelo Ministério Público do Trabalho (MPT) da Procuradoria Regional do Trabalho da 3ª Região (PRT-3), em Minas Gerais, por envolvimento em caso de descumprimento de normas trabalhistas em carvoarias.

O Grupo Rotavi, que atua também nas áreas de transporte e mineração, tem como clientes empresas como White Martins, Mannesmann, Grupo Votorantin, Gerdau, Italspeed e Metalsider

RELAÇÃO NR-4 SESMT x NR-5 CIPA: DIMENSIONAMENTO DE EQUIPES




As NRs 4 (SESMT) e 5 (CIPA) estabelecem basicamente pa­râmetros de DIMENSIONAMENTO. Ou seja, sabemos que a primeira providencia para trabalharmos com segurança é a definição e atribuição das equipes. Assim, a NR-4 estabelece o di­mensionamento do pessoal técnico, indicando quais os profissionais que devem traba­lhar com a prevenção e a segurança. Para isso, publica o CNAE, que constitui a base para esse dimensionamento, a partir do número de empregados e do grau de risco da empresa. Com esses parâmetros, sabemos com quantos e quais profissionais vamos contar para a Gestão dos Riscos, incluindo Técnicos de Segurança, Engenheiros de Segurança, Médicos do Trabalho ou Enfermeiro do Trabalho. Além disso, a NR-4 descreve de forma detalhada as qualificações e atribuições desses profissionais exigidos para o desenvolvimento subseqüente dos Programas estabelecidos em outras NRs. Para esses profissionais é necessária uma graduação técnica ou superior.



Quanto à NR-5, o objetivo é o mesmo, mas desta vez trata-se de dimensionar a representação de trabalhadores que vão participar dos programas de segurança e prevenção, obede­cendo neste caso a um processo eletivo e democrático. Assim como na NR-4 (SESMT), é necessário também na NR-5 que estejam definidos o número de empregados e um agrupamento no qual deve se enquadrar a empresa para sabermos quantos e quais trabalhadores vão participar da CIPA. E uma vez eleitos, os membros da CIPA tornam-se, assim, co-gestores nos programas de segurança e prevenção. Mas, neste caso, não é necessária nenhuma graduação técnica ou superior.



Portanto, se na NR-4 (SESMT) o dimensionamento é de caráter técnico, sendo necessária uma qualifica­ção para os profissionais desenvolverem suas funções, na NR-5 (CIPA) o dimensiona­mento é de caráter representativo e participativo, bastando apenas ser trabalhador e ser eleito pelos seus companheiros.

Abaixo, um interessante artigo sobre essa relação entre os dois níveis de pessoal encarregado da gestão dos riscos nos ambientes de trabalho - SESMT E CIPA - uma atividade “a 4 mãos”.



Relação SESMT x CIPA

Prof. Leonardo Galvão, Pesquisador -ICBP


Apesar de ser um tema amplamente discutido, temos analisado que em muitas empresas a rela­ção entre SESMT (Serviço Especializado em Engenharia de Segurança e Medicina do Trabalho) e CIPA (Comissão Interna de Prevenção de Acidentes) ainda é bastante confusa.

Deve-se entender primeiramente que são órgãos separados, com atribuições, responsa­bilidades e ações diferentes. O entendimento desta questão evita que ambos desenvol­vam o mesmo tra­balho paralelamente e permite que haja divisão do trabalho, de modo a não sobrecarregar os seus componentes.

Instituída pela Norma Regulamentadora 5, formada por membros eleitos pelos empre­gados e empregador, a Comissão Interna de Prevenção de Acidentes - CIPA, tem como objetivo a prevenção de acidentes e doenças decorrentes do trabalho.

Ou seja, os próprios colaboradores, uma vez eleitos e na atribuição de membro da CIPA, estarão diretamente envolvidos em ações de segurança.

Para isto, após eleitos, os membros devem participar de um treinamento de vinte horas onde serão instruídos quanto às atribuições da CIPA.

Quem melhor que o próprio colaborador, conhecedor do desenvolvimento do seu tra­balho, para avaliar os riscos existentes do dia-a-dia?

A CIPA é o órgão mais próximo das pessoas, pois está presente em todos os setores da em­presa.

É importante lembrar que um membro da CIPA não deixa de executar sua função prin­cipal seja ela qual for, apenas terá mecanismos para prevenir ou evitar acidentes no local de trabalho. Daí a importância da realização das reuniões da CIPA, para que cada membro possa colocar em pauta e discutir quais são os problemas inerentes ao setor onde trabalha, e quais são as solu­ções aplicáveis.

O SESMT por sua vez, conforme Norma Regulamentadora 4, deve aplicar os conheci­mentos de engenharia de segurança e medicina do trabalho ao ambiente de trabalho e a todos os seus componentes, inclusive máquinas e equipamentos, de modo a reduzir, até eliminar, os riscos ali existentes à segurança e à saúde do trabalhador.

É o órgão responsável pela elaboração de programas e projetos que visam a redução dos riscos, pelo cumprimento das normas de segurança, pelo acompanhamento em ativida­des perigosas e, entre diversas outras atribuições, assessorar a CIPA no desempenho de suas funções.

Deverá o SESMT ajudar a CIPA na elaboração do mapa de riscos, na elaboração e exe­cução da SIPAT (Semana Interna de Prevenção de Acidentes), entre outros trabalhos, pois possui um conhecimento técnico mais aprofundado do assunto.

É muito interessante que o técnico de segurança do trabalho, principalmente quando for o res­ponsável pelo SESMT, possa participar da reunião da CIPA como convidado, e dar sua opinião nos momentos oportunos.

Difícil é entender como pode o técnico de segurança da empresa fazer parte da CIPA, até mesmo como presidente.

Imaginem a situação onde o presidente da CIPA (o próprio técnico de segurança) leva as pro­postas discutidas em reunião e entrega ao responsável pelo SESMT (ele mesmo) e se pergunta o que deve ser feito.

É quase como jogar xadrez sozinho! Uma hora você senta de um lado da mesa como CIPA e depois se senta do outro lado da mesa como SESMT.

Neste caso perde-se tempo, pois se faz o trabalho duas vezes e as soluções podem demorar a aparecer.

Isto acontece quando não se entende o propósito de cada um destes órgãos.

Legalmente, não há o que proíba esta situação, porém visando um melhor aproveita­mento des­tes órgãos, isso não deveria ser uma situação comum.

O SESMT e a CIPA devem trabalhar juntos como um time, cada um com suas atribuições e responsabilidades, visando sempre o mesmo objetivo: A segurança e a saúde dos co­laboradores da empresa.

PREVENÇÃO DA POLUIÇÃO DA ÁGUA POR ATIVIDADE INDUSTRIAL




A ÁGUA

Nos últimos 60 anos, a população mundial dobrou, enquanto o consumo de água foi multiplicado por sete. O desperdício da água tratada para abastecer as cidades chega a 40%. Um quarto da população dos países em desenvolvimento não tem acesso a água potável e rede de esgoto.

A pobreza, combinada com os baixos índices de saneamento básico, é responsável pela morte de uma criança a cada 10 segundos, no mundo. Dez milhões de pessoas morrem ao ano (metade com menos de 18 anos) por doenças que poderiam ser evitadas se a água fosse tratada.

É da água que a flora e a fauna aquática retiram o oxigênio que respiram. Em condições naturais, a água abriga uma cadeia biológica que vai de bactérias e algas aos grandes animais, como botos e baleias.

A água é, de todas as substâncias da natureza, a única com significado vital para todas as espécies. A maior parte de nosso corpo é constituído por esse precioso líquido (70%), transportado em rios e afluentes (artérias e veias) para todas as nossas células e órgãos.

A água que você consome é potável? O acesso à água potável é um direito de todo ser humano. Quando a água que usamos é imprópria, nosso organismo pode desenvolver várias doenças, como diarréia, verminose, amebíase, hepatite e doenças de pele. Essas doenças são transmitidas pelo contato com bactérias, parasitas, protozoários e vírus.

As fontes de água

A floresta é uma fábrica de água. Por isso, devemos preservar as vegetações ao redor de fontes e rios. A Amazônia recicla de 6 a 7 bilhões de toneladas de água doce por ano.

Embora o nosso planeta tenha água em mais de 75% de sua superfície, apenas 0,6% do volume total das águas é doce e está disponível para uso. E não está distribuída uniformemente. A Ásia e a América do Sul detêm as maiores reservas do planeta. Só o rio Amazonas despeja mais de 6 mil quilômetros cúbicos de água por ano no Oceano Atlântico.


Embora o nosso planeta tenha água em mais de 75% de sua superfície, apenas 0,6% do volume total das águas é doce e está disponível para uso.


A água é um recurso natural cada vez mais escasso, precisamos evitar o uso indiscriminado e o desperdício. Calcula-se que cerca de 65% da água disponível é utilizada na irrigação, 25% na indústria e 10% no consumo doméstico. O crescimento populacional, o consumo desregrado de água na agricultura, na indústria e nos domicílios, aumenta a demanda de água doce. Hoje, consumimos 41% da água que o planeta oferece.

Embora a Terra ainda consiga satisfazer essa demanda, muitas áreas do planeta sofrem com a escassez de água devido às secas localizadas; à poluição de lençóis subterrâneos, rios e lagos por dejetos industriais ou esgotos e ao desperdício.

Se a taxa de crescimento populacional mundial (1,6% ao ano) e a taxa de consumo unitário continuarem no nível atual, as reservas de água disponíveis não serão mais suficientes para atender à demanda mundial em futuro próximo.

Também há desigualdade no consumo. No Rio de Janeiro, o consumo doméstico estimado é de 350 litros por habitante/dia, em Chicago chega a 930 litros/dia e no Quênia, 5 litros/dia.

Vários países já foram atingidos pela escassez: Egito, Kuwait, Arábia Saudita, Líbia, Barbados, Tailândia, Jordânia, Singapura, Israel, Cabo Verde, Burundi, Argélia e Bélgica. No futuro, a disputa pela água poderá ser motivo para guerras.

Cerca de 58% dos municípios não dispõem de água tratada. Uma criança morre a cada 24 minutos por diarréia.

O problema brasileiro

O Brasil é um país privilegiado em recursos hídricos, com aproximadamente 8 mil quilômetros cúbicos escoando pelos rios e 112 mil quilômetros cúbicos de água subterrânea armazenada. Apesar disso, em alguns estados brasileiros (Pernambuco, Alagoas, Paraíba, Sergipe e Rio Grande do Norte) o potencial hídrico renovável per capita chega ao nível de seca crônica. A escassez já atinge também estados do Sul e Sudeste. São Paulo está enfrentando um racionamento que atinge cerca de 3 milhões de pessoas diariamente.

A desigualdade na distribuição dos recursos hídricos atinge as populações mais carentes. Cerca de 58% dos municípios não dispõem de água tratada. Uma criança morre a cada 24 minutos por diarréia. A privatização de empresas de saneamento piora a situação. Mais preocupado com o lucro imediato do que com a democratização dos serviços, o setor privado alimenta a desigualdade. A falta de tratamento - ou o tratamento inadequado - dos despejos urbanos e industriais impede a reutilização da água e agrava o problema.

Poluição

No Brasil, calcula-se que 100 mil mananciais d’água (rios e córregos) estão poluídos.


A necessidade de evitar a poluição e o alto custo da água, fez algumas indústrias instalarem tecnologias que gastam menos água e geram menos efluentes líquidos. A prevenção da poluição tem permitido recuperar rapidamente rios e lagos. Na Europa, muitos rios foram recuperados (Tamisa e Reno, por exemplo). No Brasil, trechos dos rios Tietê e Piracicaba foram recuperados com ações preventivas.

O excesso de matéria orgânica e nutrientes na água, como o fósforo e os compostos de nitrogênio, provocam o crescimento acelerado de bactérias. Elas consomem o oxigênio, inviabilizando a vida de diversas espécies animais. Este é o principal efeito do despejo de esgoto nas águas.

O índice coli é um indicador biológico da qualidade da água para consumo ou para banho (mar). Ele mede a quantidade de bactérias fecais (provenientes do esgoto sanitário) em cada 100 ml de água.




Os 10 pilares da boa prática de segurança podem ser memorizados através da seguinte forma mnemônica: são as 9 primeiras letras do alfabeto, repetindo-se a primeira: de AA - I. Nenhum desses pilares é considerado mais importante do que outro, mas a falta de qualquer um deles pode comprometer muito o resultado de segurança da empresa.

ADMINISTRAÇÃO

Algumas das características básicas de áreas bem administradas: regularidade do processo produtivo, boa manutenção, existência de material na hora certa do processo produtivo, existência e cumprimento de regras e procedimentos, treinamento adequado de pessoal, correção de desempenho incorreto, inspeção periódica das condições de trabalho, investigação de acidentes e perdas e tomada de contramedidas para evitar nova ocorrência têm tudo a ver com a prevenção de acidentes.

ANÁLISE DE RISCO

Trata-se de praticar o “parar para pensar”, de não ir fazendo a tarefa intempestivamente. Especialmente importante é a análise do risco em situações não rotineiras.

BARREIRAS

As barreiras transformam situações de potencial risco de acidentes em improbabilidade de acidentes. As barreiras são de três tipos: (a) bloqueios, que são as medidas de engenharia impeditivas do risco - exemplo, cadeado de segurança; (b) mecanismos de inibição do comportamento errado - exemplo, radares e câmeras; (c) medidas de gerenciamento administrativo - exemplo, os procedimentos operacionais padrão. Os bloqueios são as barreiras mais eficazes e devem ser buscados, sempre que possível. As medidas de gerenciamento administrativo também são muito eficazes, mas demandam esforço gerencial para que sejam cumpridas.

CULTURA DE COMPORTAMENTO SEGURO

Para se conseguir esse pilar, é necessário todo um esforço de educação das pessoas, desde o alto nível até o trabalhador. Trata-se de, gradativamente, mudar profundamente a cabeça das pessoas, criando no inconsciente coletivo de todos, dentro da empresa, uma espécie de mantra: “comportamento seguro… comportamento seguro… comportamento seguro!”, que se refletirá na ação prática das pessoas e na pressuposição dessa forma de agir como padrão dentro daquela empresa.


DISCIPLINA

As regras de trabalho, os procedimentos operacionais padrão e outras medidas gerenciais relacionadas ao comportamento humano de nada valerão se não houver disciplina. Dessa forma, as medidas disciplinares são consideradas como normais e devem ser aplicadas quando indicadas. Um dos maiores objetivos em relação a esse item é que os trablhadores desenvolvem o senso de autodisciplina.

ENGENHARIA

A boa prática da engenharia pressupõe segurança. Medidas adequadas de engenharia, com repercussão em segurança no trabalho, são fundamentais em pelo menos 6 momentos: (a) em novos projetos e instalações; (b) na engenharia do processo produtivo em si; (c) nos sistemas próprios da segurança - exemplo, ventilação; (d) projetos de engenharia para eliminar ou minimizar os riscos; (e) na melhoria das condições ergonômicas; (f) engenharia na prevenção dos deslizes operacionais.

FISCALIZAÇÃO

Aqui destacamos: (a) as inspeções periódicas; (b) as auditorias internas, feitas pela própria empresa; (c) as auditorias externas, do Ministério do Trabalho ou do Ministério Público do Trabalho. A presença de um “superego” acompanhando as condições de segurança do processo educa as pessoas e funciona como mecanismo de pressão social, importante para se obter, de forma rápida, o comportamento adequado das chefias.

GERENCIAMENTO DO RISCO

Deve haver uma pessoa responsável pelo processo, que irá “puxar” as atividades relacionadas à prevenção de acidentes e perdas. Faz-se uma previsão das açõs que deverão ser adotadas no cotidiano da empresa e acompanha-se a execução das mesmas. Para cumprir este pilar, é necessária a atuação de profissionais organizados e de boa entrada nas áreas operacionais, inclusive para originarem resultados e estatísticas confiáveis, sem serem sabotados.

HIERARQUIA

“A base da pirâmide é o seu ápice!”. Essa imagem, um pouco surrealista, ilustra bem o que devemos fazer para conseguir o comportamento seguro. O alto nível da empresa e o nível de gerência operacional têm que querer segurança como prioridade em seus processos produtivos.

INTERDEPENDÊNCIA

Trata-se de criar uma situação em que todos, inclusive os trabalhadores, considerem acidentes como intoleráveis e a prática segura como a norma absoluta. Trabalhadores participam efetivamente de todos os instrumentos administrativos relacionados à prevenção, desde inspeções até a elaboração de normas e procedimentos e esses instruentos só serão considerados eficazes se tiverem a participação ativa dos trabalhadores. Um bom sinônimo para esse pilar é co-responsabilidade.



Visando à proteção da saúde do trabalhador, visto tratar-se de um produto comprovadamente cancerígeno, a NR - 15, anexo 13 - A, garante que a informação sobre os riscos do benzeno à saúde deve ser permanente, colocando-se à disposição dos trabalhadores uma “Ficha de Informações de Segurança sobre Benzeno”, sempre atualizada. O anexo dispõe ainda que será de responsabilidade dos fornecedores de benzeno, assim como dos fabricantes e fornecedores de produtos contendo benzeno, a rotulagem adequada, destacando a ação cancerígena do produto, de maneira facilmente compreensível pelos trabalhadores e usuários, incluindo obrigatoriamente instrução de uso, riscos à saúde e doenças relacionadas, medidas de controle adequadas, em cores contrastantes, de forma legível e visível.

A Portaria Interministerial, nº 775, de 28 de abril de 2004, proibe a comercialização de produtos acabados que contenham o benzeno em sua composição, admitindo alguns percentuais. Sendo eles:

a) 1% (um por cento), em volume, até 30 de junho de 2004;
b) 0,8% (zero vírgula oito por cento), em volume, a partir de 1° de julho de 2004;
c) 0,4% (zero vírgula quatro por cento), em volume, a partir de 1° de dezembro de 2005; e
d) 0,1% (zero vírgula um por cento), em volume, a partir de 1° de dezembro de 2007.
§ 1° Aos combustíveis derivados de petróleo é admitido um percentual não superior a 1% (um por cento), em volume.
§ 2° Os produtos sob o regulamento sanitário conforme a Lei n° 6.360, de 23 de setembro de 1976, seguirão a Resolução - RDC n° 252, de 16 de setembro de 2003 e suas atualizações.

Mas ainda hoje, 5 anos depois da publicação da Portaria, em uma pesquisa a Pro Teste - Associação Brasileira de Defesa do Consumidor - revelou que, de 24 refrigerantes consultados, 7 têm benzeno, substância potencialmente cancerígena. Como não há regra para a quantidade do composto em refrigerantes, usou-se o limite para água potável: 5 microgramas por litro. A reportagem foi publicado no Jornal Folha de S. Paulo.

Pesquisa revela o uso benzeno em refrigerantes



FLÁVIA MANTOVANI
da Folha de S.Paulo

Em uma pesquisa com 24 refrigerantes, a Pro Teste –Associação Brasileira de Defesa do Consumidor– verificou que 7 têm benzeno, substância potencialmente cancerígena. O benzeno surge da reação de um conservante, o benzoato de sódio, com a vitamina C. Como não há regra para a quantidade do composto em refrigerantes, usou-se o limite para água potável: 5 microgramas por litro.

Os casos mais preocupantes foram o da Sukita Zero, que tinha 20 microgramas, e o da Fanta Light, com 7,5 microgramas. Os outros cinco produtos estavam abaixo desse limite. São eles: Dolly Guaraná, Dolly Guaraná Diet, Fanta Laranja, Sprite Zero e Sukita.

Fernanda Ribeiro, técnica da Pro Teste, diz que é difícil estudar a relação direta entre o benzeno e o câncer em humanos, mas que já se sabe que a substância tem alto potencial carcinogênico e que, se consumida regularmente, pode favorecer tumores. “Segundo a OMS (Organização Mundial da Saúde), não há limite seguro para ingestão dessa substância”, diz.

A química Arline Abel Arcuri, pesquisadora da Fundacentro (Fundação Jorge Duprat Figueiredo de Segurança e Medicina do Trabalho) e integrante da Comissão Nacional Permanente do Benzeno, diz que o composto vem sendo relacionado especialmente a leucemias e, mais recentemente, também ao linfoma.

O fato de entrar em contato com o benzeno não significa necessariamente que a pessoa vá ter câncer –há organismos mais e menos suscetíveis. “Mas não somos um tubo de ensaio para saber se resistimos ou não, e não há limites seguros de tolerância. O ideal, então, é não consumir”, diz Arcuri.

O benzeno está presente no ambiente, decorrente principalmente da fumaça do cigarro e da queima de combustível. Na indústria, é matéria-prima de produtos como detergente, borracha sintética e náilon.

Nesse caso, não contamina o consumidor por se transformar em outros compostos. A principal preocupação é proteger o trabalhador da indústria.

O efeito do benzeno é lento, mas, quanto maior o tempo de exposição e a quantidade do composto, maior a probabilidade de desenvolver o tumor.



Adoçantes e corantes

A pesquisa da Pro Teste encontrou, ainda, adoçantes na versão tradicional do Grapette, não informados no rótulo. O problema é maior no caso de crianças, que devem ingerir menos adoçantes.

Foram reprovados outros seis produtos [Fanta Laranja, Fanta Laranja Light, Grapette, Grapette Diet, Sukita e Sukita Zero] que tinham os corantes amarelo crepúsculo –que, segundo estudos, favorece a hiperatividade infantil– e amarelo tartrazina –com alto potencial alergênico. “O amarelo crepúsculo já foi proibido na Europa. E muitas crianças têm alergia a alguns alimentos e, depois, descobre-se que o problema é o amarelo tartrazina”, diz Ribeiro.

Os corantes são aprovados no Brasil, mas, para a Pro Teste, as empresas deveriam substituí-los por outros que não sejam problemáticos, assim como no caso do ácido benzoico. “É um problema fácil de ser resolvido”, diz Ribeiro.

Outro lado

A Coca-Cola, responsável pela Fanta, afirmou, em nota, que cumpre a lei e que os corantes de bebidas são descritos no rótulo. Afirma, ainda, que o benzeno está presente em alimentos e bebidas em níveis muito baixos.

A AmBev, que fabrica a Sukita, informou que trabalha “sob os mais rígidos padrões de qualidade e em total atendimento à legislação brasileira”.

Cláudio Rodrigues, gerente-geral da Refrigerantes Pakera, que fabrica o Grapette, diz que a bebida tradicional pode ter sido contaminada por adoçantes porque as duas versões são feitas na mesma máquina. “Os tanques são lavados, mas pode ter ficado resíduo de adoçante no lote testado.”

Tags: Benzeno, Consumidor, Insalubridade

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