quinta-feira, 3 de setembro de 2009

PREVENÇÃO DA POLUIÇÃO DA ÁGUA POR ATIVIDADE INDUSTRIAL




A ÁGUA

Nos últimos 60 anos, a população mundial dobrou, enquanto o consumo de água foi multiplicado por sete. O desperdício da água tratada para abastecer as cidades chega a 40%. Um quarto da população dos países em desenvolvimento não tem acesso a água potável e rede de esgoto.

A pobreza, combinada com os baixos índices de saneamento básico, é responsável pela morte de uma criança a cada 10 segundos, no mundo. Dez milhões de pessoas morrem ao ano (metade com menos de 18 anos) por doenças que poderiam ser evitadas se a água fosse tratada.

É da água que a flora e a fauna aquática retiram o oxigênio que respiram. Em condições naturais, a água abriga uma cadeia biológica que vai de bactérias e algas aos grandes animais, como botos e baleias.

A água é, de todas as substâncias da natureza, a única com significado vital para todas as espécies. A maior parte de nosso corpo é constituído por esse precioso líquido (70%), transportado em rios e afluentes (artérias e veias) para todas as nossas células e órgãos.

A água que você consome é potável? O acesso à água potável é um direito de todo ser humano. Quando a água que usamos é imprópria, nosso organismo pode desenvolver várias doenças, como diarréia, verminose, amebíase, hepatite e doenças de pele. Essas doenças são transmitidas pelo contato com bactérias, parasitas, protozoários e vírus.

As fontes de água

A floresta é uma fábrica de água. Por isso, devemos preservar as vegetações ao redor de fontes e rios. A Amazônia recicla de 6 a 7 bilhões de toneladas de água doce por ano.

Embora o nosso planeta tenha água em mais de 75% de sua superfície, apenas 0,6% do volume total das águas é doce e está disponível para uso. E não está distribuída uniformemente. A Ásia e a América do Sul detêm as maiores reservas do planeta. Só o rio Amazonas despeja mais de 6 mil quilômetros cúbicos de água por ano no Oceano Atlântico.


Embora o nosso planeta tenha água em mais de 75% de sua superfície, apenas 0,6% do volume total das águas é doce e está disponível para uso.


A água é um recurso natural cada vez mais escasso, precisamos evitar o uso indiscriminado e o desperdício. Calcula-se que cerca de 65% da água disponível é utilizada na irrigação, 25% na indústria e 10% no consumo doméstico. O crescimento populacional, o consumo desregrado de água na agricultura, na indústria e nos domicílios, aumenta a demanda de água doce. Hoje, consumimos 41% da água que o planeta oferece.

Embora a Terra ainda consiga satisfazer essa demanda, muitas áreas do planeta sofrem com a escassez de água devido às secas localizadas; à poluição de lençóis subterrâneos, rios e lagos por dejetos industriais ou esgotos e ao desperdício.

Se a taxa de crescimento populacional mundial (1,6% ao ano) e a taxa de consumo unitário continuarem no nível atual, as reservas de água disponíveis não serão mais suficientes para atender à demanda mundial em futuro próximo.

Também há desigualdade no consumo. No Rio de Janeiro, o consumo doméstico estimado é de 350 litros por habitante/dia, em Chicago chega a 930 litros/dia e no Quênia, 5 litros/dia.

Vários países já foram atingidos pela escassez: Egito, Kuwait, Arábia Saudita, Líbia, Barbados, Tailândia, Jordânia, Singapura, Israel, Cabo Verde, Burundi, Argélia e Bélgica. No futuro, a disputa pela água poderá ser motivo para guerras.

Cerca de 58% dos municípios não dispõem de água tratada. Uma criança morre a cada 24 minutos por diarréia.

O problema brasileiro

O Brasil é um país privilegiado em recursos hídricos, com aproximadamente 8 mil quilômetros cúbicos escoando pelos rios e 112 mil quilômetros cúbicos de água subterrânea armazenada. Apesar disso, em alguns estados brasileiros (Pernambuco, Alagoas, Paraíba, Sergipe e Rio Grande do Norte) o potencial hídrico renovável per capita chega ao nível de seca crônica. A escassez já atinge também estados do Sul e Sudeste. São Paulo está enfrentando um racionamento que atinge cerca de 3 milhões de pessoas diariamente.

A desigualdade na distribuição dos recursos hídricos atinge as populações mais carentes. Cerca de 58% dos municípios não dispõem de água tratada. Uma criança morre a cada 24 minutos por diarréia. A privatização de empresas de saneamento piora a situação. Mais preocupado com o lucro imediato do que com a democratização dos serviços, o setor privado alimenta a desigualdade. A falta de tratamento - ou o tratamento inadequado - dos despejos urbanos e industriais impede a reutilização da água e agrava o problema.

Poluição

No Brasil, calcula-se que 100 mil mananciais d’água (rios e córregos) estão poluídos.


A necessidade de evitar a poluição e o alto custo da água, fez algumas indústrias instalarem tecnologias que gastam menos água e geram menos efluentes líquidos. A prevenção da poluição tem permitido recuperar rapidamente rios e lagos. Na Europa, muitos rios foram recuperados (Tamisa e Reno, por exemplo). No Brasil, trechos dos rios Tietê e Piracicaba foram recuperados com ações preventivas.

O excesso de matéria orgânica e nutrientes na água, como o fósforo e os compostos de nitrogênio, provocam o crescimento acelerado de bactérias. Elas consomem o oxigênio, inviabilizando a vida de diversas espécies animais. Este é o principal efeito do despejo de esgoto nas águas.

O índice coli é um indicador biológico da qualidade da água para consumo ou para banho (mar). Ele mede a quantidade de bactérias fecais (provenientes do esgoto sanitário) em cada 100 ml de água.

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